segunda-feira, 20 de julho de 2009

ISS Selectah 5 - Nacional blessing por BIVES





Procurei traçar nesse programa um panorâma do reggae nacional, claro que existem muitas coisas, usei o subconsciente como grande influência, trazendo tudo (nem tudo) que já assisti, ouvi, valorizei, acreditei e simpatizei nesses 30 anos de vida, sons que realmente me tocaram e conseguiram sem apelar, de forma clara passar a sua mensagem. Sem a adesão a uma vertente única e ao modismo.
Nos comprometemos como em uma rádio a assiduidade na programação, sabem como é né ?!?! É o corre da vida. Até o próximo.

Bives

Alelujah !!!

O Reggae no Brasil
O reggae está presente no Brasil há muito tempo, mas se desenvolveu de forma diferenciada em cada região, situação que se reflete hoje na forma como ele é compreendido e aceito no país. Talvez o nosso primeiro contato com o reggae tenha sido a apresentação de Jimmy Cliff em um dos Festivais Internacionais da Canção, que aconteceram no fim dos anos 60. Logo depois Caetano Veloso cantaria que desceu a Portobello Road, em Londres, ao som do reggae, o que foi estabelecido como a primeira menção à palavra "reggae" na música brasileira (e não o primeiro reggae composto aqui, como alguns chegam a escrever). Vale dizer que nesta época tal nome só era conhecido entre os jamaicanos e seus descendentes que moravam em Londres e outras cidades inglesas (e no Canadá, Estados Unidos etc). Experiências com o ritmo foram tentadas por Jards Macalé, Luís Melodia e outros, mas foi Gilberto Gil quem levou tal influência mais a sério, vendendo mais de 500 mil cópias do compacto de "Não chores mais", a versão de "No woman no Cry", de Bob Marley.
Enquanto isso no Pará, Maranhão e na Bahia, o reggae também começava a conquistar corações e mentes da população, o que pode ser explicado pela semelhança dos ritmos locais com o da ilha caribenha, que afinal vieram da mesma raiz, a mãe Africa. Apresentado ao ritmo por um vendedor de discos paraense, o dono de radiola Riba Macedo começou a tocar o reggae entre os forrós e merengues que tocava em São Luís. Logo o som caiu nas graças dos maranhenses. No Rio, São Paulo e Belo Horizonte, alguns bailes reggae têm lugar na periferia. Os primeiros discos foram lançados por aqui. Chico Evangelista canta o "Reggae da Independência" e Raimundo Sodré fica famoso com o reggae "A Massa", cantado num festivaL no início dos anos 80. Bob Marley vem ao país e promete voltar com o Inner Circle para uma turnê em toda a América Latina. Peter Tosh se apresenta com grande sucesso no Festival de Jazz de São Paulo. O reggae parece que vai decolar de vez em nossas terras. Mas a tragédia acontece: Marley morre de câncer aos 36 anos, em 11 de maio de 1981. Para muitos é a morte do reggae.
Nem a vitoriosa turnê de Gil com Jimmy Cliff pelo país consegue convencer as gravadoras e os meios de comunicação do contrário. Os discos pararam de chegar como antes. Sorte dos donos de radiola no Maranhão, que começam a ganhar dinheiro trazendo discos de reggae de fora para tocar nos bailes, cada vez mais populares. É a cultura da "exclusividade" que até hoje vigora por lá.
Marginalizado, o reggae se recolheu ao underground, mas não ficou parado. As primeiras bandas e fã-clubes brasileiros começam a surgir. Marco Antônio Cardoso funda o Fã-Clube Bob Marley de São Paulo e Mariano Ramalho o do Rio. Em Belo Horizonte Mauro França inicia o Fã-clube Massive Reggae. Em Recife aparece o Grupo Karetas. Edson Gomes na Bahia, Luís Vagner, Jualê e os Walking Lions em São Paulo começam a sua trajetória. Muitos outros grupos aparecem a partir da segunda metade dos anos 80, em grande parte por causa do estouro dos Paralamas do Sucesso, que sempre tiveram uma grande influência do reggae em sua música. No Maranhão, surge a Tribo de Jah. Os programas de rádio também tiveram grande influência na divulgação do reggae.
Nos anos 90 os shows internacionais voltaram a acontecer no país, graças aos esforços de batalhadores como Geraldo Carvalho, de Curitiba, e outros que mostraram que o reggae ao vivo tem mercado no Brasil. Bandas como Cidade Negra e Skank levaram o ritmo a um novo público, fazendo sucesso em todo o país e iniciando carreira internacional. Tribo de Jah e Edson Gomes também levam um grande público a suas apresentações. O número de bandas se multiplicou e citar todas seria impossível, o mesmo acontecendo com as pessoas que batalharam e batalham pela divulgação do reggae. Apesar da má-vontade das gravadoras e dos programadores de rádio, o ritmo de Jah possui um público cativo no Brasil que só tende a crescer, passando ao largo dos modismos que marcaram o mercado musical brasileiro nos últimos anos. Presente na maior parte do Brasil real e no virtual o reggae ainda vai dar muito o que ouvir, ver, ler, cantar e falar.

Por Leo Vidigal

Fonte: : http://paginas.terra.com.br/arte/massivereggae/index.htm
http://fyababylonia.blogspot.com

Buguinha Dub – Tubarão
(insersão MC Ras Léo)
Buguinha Duib – Adubando
Edson Gomes – Guerra
Dada Yute – Esperaremos em Jah
Unidade Punho Forte – Para Deus e os humanos
Tribo de Jah – Ruínas da Babilônia
Jimmy LUV – Louvor e Glória (Hard times riddim)
Iss & Aire Studio – (Hard times riddim)
Ponto de equilibrio – Abre a janela
Ras Bernardo – Mensagem
Jualê – Reggae por nós
Noção Rasta – Dr. Élio
Edson Gomes – Criminalidade
Família 7 Velas – Taca mais fogo
Victor Bhing I – Longa estrada
Echo Sound Sistem – Tempo vai dizer
Tribo de Jah – World in a transition
Cidade Negra – Jardins dessa nação
Edson Gomes – Guerreiro do terceiro mundo
Victor Bhing I x Simba Amlak – Confissões

Bives SELECTA 05